Irresistible - Capítulo 37



Are You Okay?


A: Ah, droga. Eu poderia ocultar essa informação para o resto da minha vida.


Os dias se passaram bem rapidamente diante de tudo que estava acontecendo, até que chegou o dia em que meu despertador tocou ás sete horas da manhã. Espreguicei, já sorrindo. Era hoje. Eu não podia acreditar. Meu primeiro dia de aula em uma faculdade de Arte. Entrei no banheiro tão feliz que nem reparei que eu tinha deixado a porta aberta e estava cantando; cantando música dos meninos.

Z: Santo Deus, cala a boca. - Zayn disse sonolento na porta do banheiro. Assustei de cara e me cobri com a toalha. No ato desesperado eu deixei shampoo cair nos meus olhos.
A: Ah, que merda. Meu bom Deus, Zayn, você tem que entrar assim no banheiro? 
Z: Você deixou a porta aberta.
A: É, eu esqueci de fechar. Desculpe por te acordar, cantar não é pra mim.
Z: Você estava cantando Nobody Compares?
A: Talvez. Culpada. Agora feche a porta e me deixe terminar o banho. - Ele riu e saiu do banheiro fechando a porta. Terminei o banho oito minutos depois, e entrei no quarto animada. - Você sabia que é hoje?
Z: Não, Ally - Ele respondeu em tom irônico. - Você só disse isso umas mil vezes essa semana. Mil vezes.
A: Me julgue, eu estou animada. Aposto que você ficou do mesmo jeito na audição do The X Factor.
Z: Droga, culpado.

* * *
Zayn P.O.V.

Dia 13 de Março chegou com um frio imenso. Eu estava esperando Ally chegar da faculdade, quando o Sol - Um Sol moribundo que não brilhava com todo aquele frio gélido de Londres - estava se pondo. Debaixo dos cobertores eu comecei a ler um livro, para não ficar tão nervoso.
Há dias eu ando planejando uma festa surpresa para a Ally, que ela não pode descobrir de jeito nenhum, e acontece que amanhã já é o dia do aniversário dela. Eu ando tão péssimo para mentir, que ela já deve ter desconfiado de alguma coisa.
A: Cheguei - Ally disse assobiando na entrada na porta, pendurando o casaco quente no cabideiro e com duas embalagens do Starbucks na mão. - Eu trouxe cappuccino para esquentar nesse frio.
Z: Que ótimo. - Eu disse estendendo a mão para pegar a bebida, e indicando o espaço na cama para ela se sentar ao meu lado. - Então, como foi a aula hoje?
A: Zayn interessado nos meus estudos. - Ela disse rindo. - Foi boa, hoje eles estavam dando orientação vocacional, e depois fizemos uns "ensaios" - ela realmente fez as aspas com as mãos. - e depois assistimos um musical dos anos 80. 
Z: As pessoas tinham aqueles cabelos?
A: Sim, foi difícil assistir porque tinha aquele grupo de garotos que ficam rindo e fazendo piadas do vídeo.
Z: Sempre tem um desses.
A: É. - Ela disse. E depois ficou um silêncio meio constrangedor. Eu não sabia o que dizer, eu estava evitando ao máximo falar do aniversário dela, e não tínhamos sobre o que conversar. - Então.. - Ela começou a dizer mas eu interrompi beijando-a.
Foi um beijo um pouco obrigatório, e ela estava surpresa no começo, mas depois ela relaxou e eu a tomei nos braços, ficando por cima, e beijando seus lábios freneticamente, até sentir os meus próprios formigando e um pouco inchados.
Z: Você estava dizendo alguma coisa? - Eu disse interrompendo o beijo dela, ela me olhou e  riu, o gloss um pouco borrado na boca.
A: Não faço ideia. - E ela tomou meus lábios de novo. Beijei toda a área do seu ombro e pescoço que eu consegui alcançar, e retirei a sua blusa, enquanto ela fazia o mesmo comigo. Meu celular apitou. Mensagem.
Ignorei depositando chupões enquanto a Ally suspirava de olhos fechados. Barulho de mensagem, de novo. Terceira vez.  - Meu DEUS, QUEM É NESSE RAIO DE TELEFONE?
Z: Não sei. - Eu disse sinceramente. Ela me olhou de esguelha um pouco irritada, como se a culpa fosse minha, e pegou meu telefone no criado-mudo ao lado dela.
A: Quem é Manu, e por que, por Deus, ela está te mandando tantas mensagens? - Congelei. Manuella, era a garota da confeitaria onde eu encomendei o bolo para o aniversário da Ally. 
Tentei tirar o telefone das mãos dela. - Com certeza Manu estava mandando mensagens para avisar que o bolo já estava pronto. Se era isso realmente, eu estou fudido, porque ela vai descobrir e estragar tudo. - Mas ela desvencilhou e abriu as mensagens. M-e-r-d-a. 
- Me ligue!!!
- "Zayn, vem logo. Eu preciso de você. Mais rápido possível!" - Ally disse lendo a mensagem. Ela olhou para mim incrédula e largou o telefone. Meu Deus do céu. Isso é ainda pior do que eu pensava. - Ah. Meu. Deus. - Ela disse com um tom desesperado, levantando da cama e vestindo a blusa. - Eu não consigo acreditar. Não nisso. Eu não posso acreditar... Meu Deus, Zayn... - Parecia que ela ia começar a chorar. Minha boca estava aberta de horror, isso não podia estar acontecendo. Não isso.
Z: Ally não! - Eu falei um pouco desesperado, tentando conter o ato dela de sair dali o mais rápido e brava possível. Segurei seu pulso. - Deixe-me explicar. - Ela me olhou com uma expressão que me fez encolher um pouco.
A: Explicar?! Eu não preciso que você me explique, Zayn. Está ali. Simplesmente.
Z: Não, não, não, não! Você entendeu tudo errado. - Eu disse tentando puxa-la para um abraço, mas ela recusou. - Ally, por favor.
A: Largue-me. - Ela ordenou. Olhei para ela incrédulo, e ela respondeu ao meu olhar com lágrimas nos olhos. Mesmo com o tom de garota forte que ela estava fazendo, seus olhos diziam como você pôde fazer isso com a gente? e eu só queria poder toma-la nos braços de novo e explicar que tudo aquilo era um mal entendido. - Zayn, largue-me. Agora. - Soltei seu pulso. Havia uma marca vermelha nele, ela encarou um pouco e balançou o braço. Pegou um telefone e uma mochila, e saiu pela porta.
Z: Ally, volte! Ally, pelo amor de Deus, isso é tudo um mal entendido! ALLISON CLAIRE FORBES EU TE AMO, VOLTE AQUI GAROTA! - Mas ela não estava escutando mais.


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