Irresistible - Capítulo 41

God, You Are Such a Irresistible Person

Z: You are my one and only/ And you can wrap your fingers round my thumb/ And hold me tight. ♫

-Ed Sheeran

Ally P.O.V.

Acordo ainda aninhada nos braços dele, fitando seu belo rosto adormecido. Gosto de dizer que que Zayn tem dois talentos naturais, cantar e dormir, porém eu não posso negar o terceiro talento dele, ser bom de cama.
 Fecho os olhos. A batida de Small Bump ainda passando na minha cabeça, a voz serena de Zayn, aquela paixão e um sonho. Comigo nos braços, ele começa a se mexer vagarosamente, e em seguida abre os olhos.

Z: Bom dia pequena. - Ele diz, me envolvendo com mais carinho e passando o polegar de leve na minha bochecha avermelhada.

A: Bom dia. - Eu digo olhando o relógio no criado-mudo ao lado dele. Quinta-Feira, 15 de Março, 7h10. Suspiro. Eu poderia ficar lá para todo sempre. - Ahn, droga. Eu tenho que me levantar. - Eu digo desanimada e com a voz rouca. Pego a toalha estendida na cadeira perto da cama, e coloco por cima do ombro. - Você vem? - Eu pergunto a ele, que sorri.

Z: Allison Claire me oferecendo um banho. Uau, isso acontece uma vez em duzentos anos.

A: Deveras.

Ele se levanta da cama. Alegre, eu devo dizer. Pega a minha mão, e juntos entramos no chuveiro. A água super quente num inverno quase morto com a chegada do outono.

Suspendo a cabeça para trás, sentindo a água escorrer e os beijos de Zayn em meu pescoço. Ficamos trocando carícias durante um período de dez minutos ou mais, até que eu fecho a torneira do chuveiro, e cada um se enrola em sua toalha. Me visto para sair, lembrando de passar no Starbucks e comprar café. Saio do quarto e tenho uma bela visão do meu cachorro.

Jogo a cabeça para o lado e chamo o Zayn para ver aquela cena. Ele sorri vendo o pequeno animalzinho dormindo, e forma dobrinhas abaixo do olho, o que geralmente acontece com todos quando sorriem.

A: Ele ainda não tem nome... - Eu digo.
Z: Tudo bem, vamos pensar em alguma coisa.
A: O.k., tenho que ir. - Eu respondo pegando o casaco e dando um beijo na bochecha de Zayn. - Estou atrasada.
Z: Tudo bem, eu te levo. - Zayn diz, depois olha para o cachorro que tinha acabado de acordar - Quer passear garoto? - O cachorro abana o rabo super feliz, e Zayn o pega no colo, e pega minha mão.
Entramos no carro alegremente, o inverno estava passando e não havia neve no céu. O cachorro se apoiava nas patas traseiras, ficava com as orelhas para cima e a língua para fora.
Passamos no Starbucks e compramos meu precioso café, depois Zayn me deixa na faculdade, dizendo que passaria no Pet-Shop para comprar as coisas para o nosso cachorro desprovido de um nome. Acabo lembrando que ele não é meu, e que eu meio que devia estar procurando o lar dele...
Bom, eu devia estar fazendo muitas coisas das quais eu não estou. 

[...]

Horas e horas se passam e eu nem percebo com um sorriso estampado no rosto. Deus, como é bom aprender sobre algo que eu amo. Lembro-me de uma professora muito antiga que lecionava na minha escola em Fremont, que costumava dizer: "Não se formem em uma coisa de que vocês não gostam, pois se isso acontecer, podem ter certeza de que vocês vão se sentir cansados muito mais rápido. Formem-se em algo que tenham paixão, sigam seus sonhos, pois você poderá dar doze aulas em um dia, e ainda assim se sentir inteiro." Ela tinha uma verdadeira paixão por ensinar, aquela mulher, e por isso ela era uma das minhas professoras favoritas.

Vou a pé para casa com Brandon, um garoto da minha aula de Francês. - É sério, mesmo em Artes Cênicas temos de estudar francês.
Brandon é um garoto ótimo, muito gentil, filho do meu professor favorito, o Sr. Bianucci, mas ao contrário dele, Brandon não tem o sotaque italiano forte do meu professor, porque ele nasceu e cresceu aqui na Inglaterra. Uma pena, eu adoro sotaque italiano.
B: Tem dever de Francês hoje? - Ele me pergunta.
A: Argh, sim. - Eu digo bufando. - Eles nunca deixam passar.
B: É um absurdo, mesmo na época das provas.
A: Exatamente. - Eu concordo entusiasmada. Continuamos conversando e andando devagar, eu mencionei o  "meu" cachorro de rua, e ele me disse que não era dele, mas que poderia checar com as pessoas que ele conhece, para ver se achava o dono. Como eu disse, Brandon é muito gentil. - Bom, eu fico aqui. Tchau Brandon, até amanhã.
B: Au revoir! - Ele diz em francês. Dou um sorriso meigo.
A: Arrivederci! - Eu respondo em italiano.
B: Touché, Allison Forbes. - Dou uma gargalhada.
A: Tchau, Brandon. - Ele acena e continua seu caminho.
Quando chego no apartamento da cobertura, lá está Zayn, como um parasita no sofá da sala, assistindo o que provavelmente era um jogo de futebol.
A: Olá. - Eu digo e ele dá um olhar de esguelha e um sorriso mínimo, e se volta para a tela. - Não foi ao estúdio hoje?
Z: Não. - Ele responde curtamente.
A: Ahn, onde está o cachorro? 
Z: Ali. - Ele aponta.
A: Ah. - Eu coço a cabeça de leve. - Er, Zayn?
Z: Hum? 
A: Aconteceu alguma coisa?
Z: Não.
A: Então por que está sendo frio comigo? - Então ele finalmente olha para mim direito. Não me fuzila nem nada, pelo contrário, ele dá um sorriso lindo e levanta do sofá. Me abraça.
Z: Desculpe-me Ally, eu estava vendo o jogo, mas eu vou parar. - Ele desliga a televisão, e me beija. 
A: Tudo bem. - Eu digo sorrindo automaticamente. - Está com fome? - Ele confirma com a cabeça.
Z: Sim. Falando nisso, você quer sair comigo hoje?
A: Sair?
Z: É, tipo um jantar. - Aww, que romântico.
A: Claro! - Eu digo entusiasmada. - Hmmm, vamos ver o que tem nessa geladeira...

[...]

Z: Estão prontos crianças? - Zayn cantarola o início da música tema de Bob Esponja.
A: Ainda não, espera mais um pouquinho!
Z: Você tem cinco minutos! 
A: Tá! - Coloco o rímel e retoco o batom. Pressiono os lábios e dou uma última olhada na minha roupa. - Pronto! - Eu grito para Zayn e ele aparece na porta do banheiro com o paletó pendurado nos ombros.
Z: Finalmente. Vamos.
A: E o cachorro?
Z: Ele vai ficar bem, eu chamei a Jess para ficar com ele. - Jess é uma garota do terceiro andar do prédio, que hora ou outra aparece aqui vendendo biscoitos e etc., porque é escoteira.
A: Ótimo, então vamos.

Chegamos ao restaurante. Era um lugar bem chique, ele devia ter feito a reserva bem antes, porque ele não conseguiria reservar um lugar assim no mesmo dia.
O garçom nos conduziu até a mesa para dois, onde nos sentamos. Olho para Zayn com um sorriso no rosto.
A: Que lugar incrível.
Z: Muito agradável, não?
A: Sim. Por que estamos aqui?
Z: Meu Deus, eu não posso levar a minha namorada a um restaurante chique sem que haja um tom de desconfiança? - Garçons trouxeram duas taças de champanhe e colocaram sobre a mesa.
A: Não se esqueça dos paparazzis. Mas em geral, isso está muito estranho. Você vai o que, me pedir em casamento? 
Z: Deus não! Isso seria tão clichê.
A: Ainda bem, porque eu negaria sem dúvida. - Ele dá uma gargalhada.
Z: Sei.
A: Rá, é sério Zayn, eu não quero me casar com você.
Z: É mesmo?
A: É mesmo.
Z: E se fogos explodissem agora mesmo formando as palavras "Will You Marry Me?" (Simple, but effective)
A: Mesmo assim.
Z: Entendo. - Ele diz, e eu detecto uma amargura em sua voz.
A: Você se casaria comigo, Malik?
Z: Claro.
A: Entendo, eu sou muito sensual.
Z: Iludida.
A: Não foi o que você disse ontem. - Eu disse maliciosa conseguindo arrancar um sorriso da parte dele.
Z: Engraçado, você diz que não quer se casar comigo, mas não foi isso que os seus gemidos esganiçados expressaram ontem. - Ele devolveu.
A: Idiota, meus gemidos não são esganiçados. 
Z: Não? - Ele riu, fazendo uma imitação extremamente mais fina dos meus gemidos. E eu não conseguia parar de rir, mesmo que as pessoas ao redor estivessem olhando para nós. Zayn dá mais um gole em seu champanhe. - Allison Claire. - ele diz, o sorriso dançando em seus lábios enquanto ele pronuncia meu nome de forma deliciosamente agradável. - Eu estou perdidamente apaixonado por você.
A: Você me deixa sem palavras, Zayn Malik... - assumo um ar pensativo - Sabe, eu me casaria sim com você. - Ele levanta uma sobrancelha, ainda com um sorriso. - É sério. Eu me casaria com você, faria um filme e você uma turnê, então ficaríamos longe por muito tempo, mas tudo isso faria o sexo parecer ainda melhor quando nos encontrássemos na casa de veraneio que compramos dois anos antes. Dele, iria nascer o nosso primeiro filho, talvez uma menina, ou um menino, isso só Deus sabe.
Z: É um plano de vida interessante.
A: Eu tenho meus momentos. - Eu digo sorrindo e passando todo o meu dia de hoje, e as palavras de Zayn, "eu estou perdidamente apaixonado por você", na cabeça. - E eu estou perdidamente apaixonada por você também. - Eu digo no momento exato em que o garçom traz o nosso prato. Zayn faz sinal para ele servir mais champanhe, e então comemos.
A comida era simplesmente magnífica, o que acabou animando mais a nossa noite, onde conversamos e rimos o tempo todo, e Zayn me explicou que na verdade havia feito a reserva a muito tempo, - eu sabia! - que na verdade era para comemorar o meu aniversário. É, até então eu não tinha me lembrado que eu tinha vinte anos. Depois, quando estávamos quase embriagados, eu me lembrei de que eu não bebia, mas o sabor do champanhe era tão bom, que eu me deixava levar por esse tipo de bebida. 
Então pagamos a conta, e saímos alegremente do restaurante, como se estivéssemos rodopiando com a vida, e sendo um casal eternamente jovem e apaixonado. 
Deus como eu gostaria de poder dizer que isso era verdade.
Z: Só tem uma coisa errada em sua teoria, Ally. - Zayn diz depois de um tempo calado, enquanto caminhávamos no parque, onde as folhas já estavam começando a cair, para passar a embriaguez. Eu levanto uma sobrancelha, desafiando-o a discordar de mim. Ele sorri e continua: - Nós não fazemos sexo, nós fazemos amor.